Chile permite que professores continuem usando palavra "ditadura"
Depois das críticas por conta da medida que eliminava a expressão "ditadura militar" dos livros escolares chilenos, o governo voltou atrás e afirmou que os professores terão autonomia para usarem a expressão que julgarem mais "conveniente".
Na última quarta-feira (4), o governo chileno havia anunciado que a partir do ano letivo de 2012, as crianças do primeiro ao sexto ano usariam a expressão "regime militar" para se referirem à época em que Augusto Pinochet esteve no comando do país, de 1973 a 1990.
O ministro ainda se justificou e afirmou que a medida pretende incitar o debate e a discussão "ampla e muito rica". "Este é o objetivo, desenvolver o pensamento crítico. São bases curriculares. Isto não impõe nenhuma visão sobre os textos escolares", acrescentou.
Após o anúncio da última quarta-feira, setores da população manifestaram-se contrários à decisão do governo. O CNED (Conselho Nacional de Educação), órgão responsável pela aprovação de projetos governamentais na área da Educação, se defendeu e lembrou a complexidade do tema.
"É uma discussão que não terá fim. Temos de lembrar que o atual governo é formado, em pelo menos 50%, de gente que era partidária de Pinochet. Não me surpreende em nada que tenham escolhido mostrar a história dessa forma. São maneiras de identificar quem promove esse tipo de visão das coisas. Parece-me legítimo", afirmou Elizabeth Lira, membro do CNED, em entrevista ao jornal El Dínamo.
Já Alejandro Goic, também membro do CNED, mostrou-se contrário à decisão de eliminar o termo dos livros didáticos. "Para mim, deveríamos manter o termo original. Afinal, as ditaduras são chamadas de ditaduras, e as democracias são chamadas de democracias", concluiu.
Fonte: Opera Mundi
Na última quarta-feira (4), o governo chileno havia anunciado que a partir do ano letivo de 2012, as crianças do primeiro ao sexto ano usariam a expressão "regime militar" para se referirem à época em que Augusto Pinochet esteve no comando do país, de 1973 a 1990.
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Governo chileno decide abolir expressão “ditadura militar”
Nesta sexta-feira (06), o ministro de Educação do país, Harald Beyer, voltou a se manifestar e afirmou que os professores não precisam "educar com este termo". "Podem continuar usando a palavra 'ditadura' ou aquela que julgares conveniente", completou.Senado chileno aprova comissão sobre nova Constituição
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O ministro ainda se justificou e afirmou que a medida pretende incitar o debate e a discussão "ampla e muito rica". "Este é o objetivo, desenvolver o pensamento crítico. São bases curriculares. Isto não impõe nenhuma visão sobre os textos escolares", acrescentou.
Após o anúncio da última quarta-feira, setores da população manifestaram-se contrários à decisão do governo. O CNED (Conselho Nacional de Educação), órgão responsável pela aprovação de projetos governamentais na área da Educação, se defendeu e lembrou a complexidade do tema.
"É uma discussão que não terá fim. Temos de lembrar que o atual governo é formado, em pelo menos 50%, de gente que era partidária de Pinochet. Não me surpreende em nada que tenham escolhido mostrar a história dessa forma. São maneiras de identificar quem promove esse tipo de visão das coisas. Parece-me legítimo", afirmou Elizabeth Lira, membro do CNED, em entrevista ao jornal El Dínamo.
Já Alejandro Goic, também membro do CNED, mostrou-se contrário à decisão de eliminar o termo dos livros didáticos. "Para mim, deveríamos manter o termo original. Afinal, as ditaduras são chamadas de ditaduras, e as democracias são chamadas de democracias", concluiu.
Fonte: Opera Mundi
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