Você sabia que paga R$ 13.415,43 por mês para sustentar o ‘comitê’ do Aécio junto a banqueiros e empreiteiros?
Na verba indenizatória do gabinete do
senador Aécio Neves (PSDB-MG) consta o pagamento de R$ 13.415,43 pelo
aluguel mais condomínio de escritório político em Belo Horizonte
(valores do mês de novembro de 2012, o mais recente em que aparecem as
contas completas atualizadas). É, provavelmente, um dos maiores aluguéis
pagos por parlamentares para escritório político em todo o Brasil.
Apesar desta despesa ser espetada na
conta de todos nós, brasileiros, através dos cofres públicos do Senado,
se o eleitor mineiro quiser entrar em contato com o escritório do
senador, terá dificuldade em encontrar o endereço. O senador não divulga
em sua página oficial na internet, apesar de tratar a despesa como se
fosse pública para atender o público.
Pesquisando um bocado, descobrimos que o escritório fica num suntuoso edifício na Rua Paraíba, 1000, na área nobre da Savassi, em Belo Horizonte. Só não conseguimos descobrir ainda em qual andar.
Neste mesmo edifício, por coincidência, o
senador tem como vizinho, no 13o. andar, a filial mineira do banco de
investimentos Itau BBA, que tem no conselho de administração Edmar
Bacha, da equipe econômica de FHC que quebrou o Brasil 3 vezes e hoje é
um dos gurus econômicos de Aécio.
No 11o. andar fica o Banco Industrial e
Comercial S/A (Bicbanco). Por coincidência, a CPI dos Correios rastreou
uma conta neste banco da agência de propaganda SMPB São Paulo, de
propriedade de Marcos Valério, que recebeu nesta conta em 1997 e 1998 a
quantia de R$ 41 milhões da TELESP (quando ainda era estatal sob
controle tucano). Uma parte do dinheiro foi repassada para 5 empresas
diferentes, todas recém constituídas e dos mesmos donos, o que as torna
suspeitíssimas, e outra parte sacada em dinheiro. A CPI chegou a enviar ofício à
TELESP pedindo a documentação. A empresa confirmou a existência do
contrato de apenas R$ 4 milhões (10 vezes menor do que o valor
depositado), e disse não dispor mais nos arquivos de detalhes dos
pagamentos, nem comprovação se houve serviços prestados, “devido à
privatizaçao” (como se mudança de controle acionário permitisse
“queimar” arquivos). Mesmo com esse quadro mais do que suspeito, a CPI
não aprofundou no assunto, blindando o tucanato e mal reportou o caso (tópico 7.2.3.4 do relatório substitutivo ao apresentado pelo relator).
Não se tem notícia de que o Ministério Público tenha se interessado em
ir fundo neste caso. Resultado: quando o suspeito é tucano dá-se um
jeitinho de varrer para baixo do tapete e tudo acaba em pizza.
Mas, voltando ao assunto do
escritório-comitê de Aécio Neves, o vizinho do 4o. andar é a empreiteira
Queiroz Galvão. No 15o. andar, o grupo Asamar S.A., construtor do
prédio, com negócios em várias áreas, como petróleo, biocombustíveis e
construção civil.
Esse quadro mostra que Aécio montou não
um escritório político para atender o povo, mas um comitê de campanha
para reuniões entre quatro paredes com grandes empresários e banqueiros.
Nisso não há nada de estranho, pois é a cara do tucanato: junto aos
ricos e com seguranças na portaria para manter os pobres à distância.
Mas pelo menos não espete a conta do aluguel para a gente pagar.
Fonte Amigos do Presidente Lula
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