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MST pressiona por condenação de Chafik no Massacre de Felisburgo


Cerca de 700 pessoas do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) concentram-se em frente ao Fórum Lafayete, em Belo Horizonte. São homens, mulheres e crianças do Vale do Jequitinhonha e outras regiões do estado que prestam solidariedade e reivindicam a condenação do fazendeiro Adriano Chafik. Desde às 10 horas desta quarta-feira (21), acontece o julgamento do fazendeiro e outros três no episódio conhecido como Massacre de Felisburgo.



MST marcha em direção ao Fórum Lafayete, em Belo Horizonte, em protesto contra o Massacre de Felisburgo / Foto Mídia Ninja

Em 20 de novembro de 2004, o acampamento Terra Prometida, no Vale do Jequitinhonha , foi invadido por 17 pistoleiros e o latifundiário Chafik, dono da então ocupada Fazenda Nova Alegria. O ataque resultou na morte de 5 Sem Terras, 12 feridos, entre eles uma criança, além de um incêndio criminoso do acampamento.


Marcha marca início dos protestos

O MST marchou pelas ruas da capital mineira na manhã desta quarta. Munidos com palavras de ordem como "Justiça!" e "Cadeia para Chafik!", centenas de agricultores e agricultoras saíram do acampamento na Assembleia Legislativa de Minas Gerais e caminharam até Fórum Lafayete, onde Adriano Chafik e outros 3 acusados serão julgados. Há a expectativa de que o julgamento se arraste até o final da semana.

A sessão já foi adiada 2 vezes nos últimos 9 anos. Essa é a terceira tentativa de que os acusados sejam submetidos à Justiça. Chafik, que é acusado de ser o mandante do Massacre de Felisburgo, responde ao processo em liberdade e teve o julgamento adiado pela primeira vez porque o juiz da Comarca de Jequitinhonha, onde inicialmente ocorreria o julgamento, enviou o processo para Belo Horizonte antes que a defesa dos réus indicasse testemunhas a serem ouvidas na ocasião.

No segundo caso, o juiz Glauco Soares justificou o adiamento em razão de um pedido da defesa para que fossem ouvidas cerca de 60 testemunhas que ainda não haviam sido inquiridas pelo juiz de Jequitinhonha.

Segundo Silvio Netto, os adiamentos são tentativas claras da defesa do fazendeiro Adriano Chafik de protelar o julgamento. "Não temos dúvidas de que foram manobras com intenção de protelar a condenação já que as provas são evidentes e o assassino já deveria estar na cadeia. Entretanto, o poder judiciário foi vulnerável e conivente com os adiamentos".

Com Mídia Ninja

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